segunda-feira, 16 de maio de 2011

MACHA DOS PREFEITOS

Meus @migos, hoje é um dia muito especial para milhares de prefeitos do Brasil inteiro. Eu diria que o dia de hoje é especial como desdobramento do que ocorreu ontem e como esforço acumulado desses 14 anos, de marcha, de batalha e até de um reconhecimento por parte de todos, tanto na esfera federal no Executivo, no Parlamento do que significa a tarefa municipal.
Creio que esse seja um debate extremamente consolidado, meu caro @migos, no que diz respeito à tese do desenvolvimento local, que se associa a um empreendimento que todos nós trabalhamos ao longo das nossas vidas para conceber como um esforço do municipalismo. É pouco, na minha opinião, encerrar no municipalismo as questões institucionais, como se o desenvolvimento local, o enfrentamento dos problemas locais, pudesse aguardar talvez a benevolência, a boa vontade do gestor do Estado. Em muitos casos, o Estado tem uma força brutal sobre os Municípios, principalmente se analisarmos a situação dos Municípios nordestinos, assim como a União a partir dessa divisão do bolo. Quero falar do dia de hoje como um dia magnânimo, porque a gente pode contabilizar efetivamente os feitos ocorridos ontem à noite, não como um esforço hercúleo ou uma tentativa de frear a Marcha. Eu diria até numa tentativa de ir ao encontro da Marcha. A antecipação da participação da Presidenta da República naquele ato, que estava prevista para a quinta; portanto, chegando na terça e, ao mesmo tempo, respondendo a questões centrais.
Ainda temos temas, eu diria, dos mais complicados para tratarmos, e que nós deveremos tratar: temas como a Emenda nº 29, essa repactuação dos recursos da saúde que é fundamental que a gente trate isso. Ninguém faz assistência de saúde sem levar em conta a capilaridade. É no Município em que o cidadão mora, é ali onde as coisas se processam. No debate envolvendo os royalties do petróleo e particularmente o pré-sal, eu tenho defendido peremptoriamente essa questão, a partir do entendimento de que não pode ser dado a esse ou àquele local a primazia da riqueza do subsolo brasileiro. Reconheço que, em Estados onde a base de exploração é até maior, pode-se ter também um apreço maior pela estrutura. Mas as pesquisas que nos ajudaram a descobrir o pré-sal foram produzidas a partir, exatamente, do esforço de um recurso público utilizado de todo o País.

Muito obrigado.
Aelson Barros

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Inflação

Vou falar de um assunto muito importante, que é a inflação, sobre o que a Presidenta Dilma ontem falou com tanta ênfase. Vou falar sobre inflação,  nós não teremos outro assunto a não ser o problema dos preços e dos salários. Por isso, neste momento, não há nada mais importante , falei sobre isso na semana passada com o Amigo e volto a insistir, nada mais inquietante e preocupante do que o risco da volta da inflação em nível alto. Isso é mais importante do que saber se os estádios de futebol vão estar prontos ou não, isso é mais importante do que saber se os aeroportos vão conseguir receber todos os turistas da Copa do Mundo, das Olimpíadas ou não. Nós, nestes últimos cinco meses, já tivemos, por cinco vezes, o IPCC 1 acima de 6,5%. Quero chamar atenção, primeiro, para o que é o IPCC 1 e chamar atenção para o que significa o número 6,5. A meta de inflação definida pelo Banco Central, desejada por todos, é 4,5, mas sempre se coloca a possibilidade de dois pontos acima ou dois pontos abaixo. Nós, por cinco vezes, ultrapassamos o limite superior do 4,5 mais dois. Ultrapassamos isso, preciso explicar no IPCC 1. E o que é o IPCC 1? É o indicador que mede a inflação dos mais pobres, de um a dois e meio salários. Portanto, Meus queridos Amigos, volto a dizer o mesmo que disse ao meu Amigo. Não adianta toda a luta para aumentar 5% no salário mínimo se a inflação é de 7,41%, ou se passa de 6,5%. Não adianta toda essa luta pelo salário mínimo se a inflação volta. Não adianta toda a luta pelo aumento de salários se a inflação volta. Por isso, creio que esse é o tema fundamental do dia de hoje, dos dias de hoje, dessas semanas. A Presidenta, falou com muita ênfase e firmeza que, para ela, a luta contra a inflação é um ponto fundamental do seu Governo. E, de fato, por mais que ela faça, se a inflação voltar, o seu Governo fracassou.  Eu às vezes acho, Meus Amigos, que não dá para enfrentar o problema da inflação, porque inflação se combate também com credibilidade dos que conduzem a economia. Inflação se combate com controle de gastos públicos, inflação se combate com taxa de juros, mas inflação se combate também com credibilidade daqueles que estiverem comandando o processo. De nada adianta dizer que se vão reduzir gastos públicos se não houver confiança em que os gastos públicos serão reduzidos. De nada adianta dizer que a taxa de juros definida na próxima reunião no Banco Central vai ser de meio ponto se não houver confiança de que esse meio ponto foi chegado, acertado com base em análises frias do mercado. temos de continuar lutando cada um por aquele tema que considera sua bandeira. Não vou deixar de lutar aqui pela revolução que o Brasil precisa fazer e que, a meu ver, está na educação de base. Mas, neste momento, cada um dos nossos politicos deveria dizer que suas bandeiras fundamentais têm de estar recuadas enquanto não tivermos a plena convicção de que os preços dos produtos vendidos neste País vão manter a estabilidade que conseguimos, a partir de 1994, com tanto esforço. Quem tem a minha idade sabe que viveu quase toda sua vida sem saber quanto ia custar um produto na semana seguinte, depois de ter ganho o salário. Nós não podemos deixar que isso volte. E não podemos deixar que isso volte não só porque fere o bolso, fere o bem-estar, mas porque fere a cabeça das pessoas, porque, à medida que os preços deixam de ser uma referência, a gente perde as outras referências. Na hora que entra na agenda a inflação, a agenda muda, e os outros itens desaparecem completamente do cenário nacional. O Brasil já avançou muito e em grande parte pela estabilidade monetária que nós conquistamos e que virou um pacto nacional. Basta dizer que já mudamos do Presidente Itamar para o Presidente Fernando Henrique, para o Presidente Lula, para a Presidenta Dilma, mantendo a mesma coerência de compromisso com a estabilidade monetária. Deixar que isso morra, deixar que volte aquele tempo em que a gente não tinha padrão de referência de quanto as coisas custavam, de quanto valia uma ou outra. Deixar que volte esse tempo da maquininha infernal de remarcação de preços é a destruição de uma agenda de transformação nacional. Por isso, eu quero deixar aqui esse meu recado, mais uma vez, repetitivo. Disseram que eu sou repetitivo, porque só falo de educação e politica do Maranhão. Eu agora só vou ser repetitivo porque só vou falar de inflação, para poder voltar a falar de educação e politica e sensibilizar as outras pessoas. Senão, ninguém vai ser sensibilizado, tendo em vista que os preços ficam enlouquecidos como já foi neste País.

Era isso, Meus Amigos, que eu tinha a falar. Essa preocupação como CIDADÃO, essa preocupação como Brasileiro, essa preocupação como defensor da revolução que o Brasil precisa na educaçãode nosso POVO. Vamos dar todo apoio que a Presidenta quiser na luta contra a inflação.

Agora, para isso, o Governo tem de fazer alguns gestos que nos convençam de que a fala dela é, de fato, para valer; de que a fala dela é, de fato, comprometida; de que, de fato, ela está disposta a fazer o que for preciso para que este País continue com a estabilidade monetária que nós temos.

Agradeço a todos, Era esse o recado de um Brasileiro que, tão angustiado com a saúde, com a educação, com a pobreza.

Aelson Barros