Faz poucos dias falava com um amigo sobre o patriotismo, exaltando-o como o suporte das nações, de sua duração no tempo histórico e no espaço físico. O patriotismo é o fundamento da letra do Hino Nacional. Nas escolas primárias já não é ensinado, mas foi, durante decênios, para incutir na consciência das criança o amor ao país. Aprendia-se nas escola primária a amar o Brasil, como grande país, destinado a ser uma das grandes potências do mundo. Passaram-se os anos. Derrubada a oligarquia que dominava o Brasil, com ordem e com decência, tenha-se presente, veio o getulismo, com seus homens de 1.000, de que fala Oliveira Vianna, e o Brasil começou a mudar. Mas não tanto quanto depois desse período de quinze anos. O presidente Dutra e seus sucessores, que governaram com a Constituição de 1946, tiveram tempo e decisão para manter o Brasil como supremo órgão do amor de seus filhos. Se Vargas se suicidou, o fez por motivos conhecidos. Os sucessores de Vargas Juscelino, em primeiro lugar, preocuparam-se com o Brasil. Se Juscelino realizou com sua simpatia, seu entusiasmo e cativante comunicabilidade o programa de metas, está nas ruas o resultado de seu qüinqüênio. Os milhões de automóveis de várias marcas, circulando para produzir riqueza ou proporcionar lazer. Quem perdeu no cargo foi Jango, apenas por ser imaturo, e se ter deixado seduzir pela moda de então, o socialismo, algumas vezes com tinturas soviéticas. Hoje, pelo que observamos nas alturas do poder, não se pronuncia uma só vez a palavra patriotismo. Os dinheiros públicos estão sendo confundidos com dinheiros particulares, tendo havido indivíduos inescrupulosos que enterraram a mão em cheio no patrimônio do Estado, no seu Tesouro, e arrancaram o que puderam para levar vida faustosa no Brasil e no estrangeiro. Pergunto: essa é a democracia com a qual sonhamos? Evidentemente que não é. Essa é uma burla, que envolve todo o povo brasileiro.
Aelson Barros
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