A juventude está nos bancos de escolas, das universidades, no comércio, na indústria, no campo, nas igrejas, nas periferias, palafitas, povoados, nas praças, nas ruas, nas esquinas, na classe média, na classe rica, nas casas de ressocialização, nos campinhos de futebol à beira das estradas, nos rios, lagos, praias, cidades grandes e pequenas. Em todos esses lugares a juventude diz “presente!”
Amanhã essa juventude estará nas prefeituras, nas câmaras de vereadores, nas governadorias, assembléias legislativas, nos tribunais, no Congresso Nacional, na Presidência da República e em todos os outros centros de poder do nosso país.
Parece óbvio dizer que precisamos cuidar da juventude para que tenhamos um país e um estado melhor no futuro. Mas o óbvio nem sempre é o mais fácil de ser compreendido. Como explicar que os jovens do Maranhão são tratados com desinteresse, desprezo e a intolerância que vimos ao longo de tantos e tantos anos?
Comecei a minha história política no movimento estudantil, no início dos anos 90. Naquela época, os mais experientes já reivindicavam para a juventude o acesso a uma educação digna, trabalho, segurança, esporte e lazer saudáveis nas comunidades. Até hoje estas lutas da juventude são as minhas lutas. Do início da minha trajetória para cá, além dessas reivindicações, outra coisa permanece igual. O governo do Maranhão. Há quarenta anos, desde que José Sarney de Araújo Costa foi eleito ao governo do Maranhão, em 1965, todos os governadores do estado foram indicados por ele.
Poderíamos pensar que quase meio século depois, o povo maranhense estaria gozando de um grande bem-estar coletivo. Sim, poderíamos, mas os números mostram outra coisa. O índice de desenvolvimento humano (IDH) do Maranhão em 2005, segundo a ONU, foi o 26º do país – penúltima posição, ganhando apenas de Alagoas. A cada mil crianças nascidas vivas 38 morrem antes de completar um ano de idade. Mais uma vez, só somos melhores que Alagoas. No analfabetismo a terra de Gonçalves Dias, Aluísio de Azevedo e Ferreira Gullar está na 23ª posição entre os 27 estados.
Diante disso podemos pensar que é impossível o Maranhão sair do atraso em que se encontra durante todos esses anos, mas não é. O fato é que esse grupo - a oligarquia Sarney – detém o poder desde os anos 60 e não tem vontade te ver o nosso estado se desenvolver. Não é interessante para quem quer se perpetuar no poder que seu povo tenha educação de qualidade, informação e discernimento suficientes para saber o que é melhor para ele. Com uma população carente e desinformada, se ganha facilmente uma eleição com demagogia. É assim que a oligarquia Sarney pensa e age.
Com a eleição de Jackson Lago, em 2006, rompemos um ciclo de estagnação social e econômica de quarenta anos. O Governador deu início a um trabalho de longo prazo focado na valorização da Juventude. Escolas foram inauguradas com um programa de esporte e as que já existiam foram agraciadas com os programas. Pensamos e construímos o Centro da Juventude em Timon, o maior e mais completo centro voltado ao esporte, lazer e cultura de crianças e adolescentes do Norte/Nordeste. Lutamos para incluir o Maranhão e seus municípios de forma ampla na Política Nacional da Juventude do governo federal, firmamos acordo para que fossem oferecidas o maior número de vagas possível para o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem).
Mas esses e todos os outros projetos foram abruptamente interrompidos com uma execrável covardia: a cassação do governador Jackson Lago, calculada friamente por meio de dossiês e provas forjadas pelos asseclas de José Sarney e de sua filha, Roseana, derrotada pela maioria de votos na eleição de 2006. A Justiça Eleitoral, numa votação absolutamente controversa e, no mínimo, estranha, votou pelo afastamento de Jackson Lago por quatro votos a três. A interrupção do Governo foi um duro golpe. Muito já havia sido feito pela nossa Juventude, mas havia muito mais ainda por fazer.
Precisei me desincompatibilizar do cargo no Estado para enfrentar uma nova jornada em favor da juventude maranhense. Sou empunhando as bandeiras do início da minha vida pública. Queremos dignidade e oportunidades para todos. Assim se constrói uma verdadeira democracia.
A eleição de Jackson Lago em 2006 foi um marco na história do Maranhão. O povo foi às urnas, venceu e foi às ruas para comemorar o triunfo da esperança depois de quarenta anos de frustração, repressão e descaso. Mais uma vez, me vejo presente na história de lutas de Jackson Lago, defendendo suas bandeiras e valores, e este ano mais uma ves estaremos unidos com o objetivo claro de reconduzir Jackson ao Governo do Estado conto com a nossa juventude de Gov.Eugênio Barros e de todo o Maranhão.
Aelson Barros
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