domingo, 7 de novembro de 2010

Que saudades da Tia da Escolhinha

Hoje de manhã, no caminho de casa para trabalho, estava escutando um programa na rádio onde uma pessoa que não me lembro o nome falou sobre a questão da escola. Segundo seu texto, ele tinha saudades do tempo em que esteve na escola e enumerou as razões para isso. Uma delas era que em sua época, os alunos tinha orgulho de estudar e viam nos estudos o caminho para ter uma vida melhor.
Bem, acabei me sentindo inspirado por ele e me veio alguns pensamentos que gostaria de estar compartilhando. Realmente, se observarmos a evolução do ensino no Brasil, acredito que fizemos um retrocesso. Digo isso baseado em minha experiencia e deixo claro que não sou um entendido de educação por isso levem este texto como uma opnião e não um artigo ou tratado do assunto. Minha avó por exemplo, mesmo tendo apenas cursado o equivalente ao primário, possui muito mais cultura que qualquer um hoje que tenha feito o ensino medio,  isso sem falar no domínio da matemática (claro que ela não sabe resolver um equação, logaritmos, etc, mas faz contas básicas de cabeça coisa que nenhum adolescente que conheço no mínimo tentaria) e seu domínio do português (seu português é impecável, escreve perfeitamente, sem erros gramaticais ou ortográficos, e versa lindamente com coesão e coerência dignas de um escritor, ao contrário de muitos vestibulando – isso eu sei pois minha mãe é professora de português – que nem sabem usar um preposição, pronome e coerência é algo que não existe.)
O que vejo hoje é uma falsa ilusão de melhora, pois temos um índice de alfabetização de quase 90%, mas se você pega um desses alfabetizados (volto a dizer que conheço isso bem pois minha mãe é professora de português) eles apenas “desenham” seus nomes, e possuem apenas uma leitura funcional(eles leem um texto mas não são capazes de interpretá-lo). Embora isso já seja o bastante para justificar minha saudade da antiga escola, ainda tem outro ponto, que jugo importantíssimo, que é a passagem de valores e disciplina.
As escolas hoje tem medo do aluno e vivem subjugadas por teorias mirabolantes que, no meu entender, não servem para nada (vide Darcy Ribeiro – LIXO !!!!). São mecanismo tais que mataram todo o processo essencial a educação e passagem de valores: aprovações automáticas, diminuição de carga de matérias como português, fim de disciplinas como OSPB (Orientação Social e Politica Brasileira) ou EMC (Educação Moral e Cívica). Raros são os colégios onde os alunos são obrigados a cantar o hino nacional. O respeito que existia ao professor sumiu, tanto por parte dos alunos, quanto pelo lado do estado e pais.
E triste entrar numa sala da aula hoje e ver o descaso dos aluns, despreparo dos professores, falta de condições minimas, falta de disciplina, etc.
Isso particularmente me assusta, pois, como já disse antes em outro texto, os valores são criados em casa, mas a escola ajuda a fundamentá-los. Após os 6 anos de idade, boa parte do dia da criança é na escola com os coleguinhas e professores e se nesse ambiente, não existe o respaldo dos valores da família, não existe como vencermos a guerra contra este caos que está instaurado em nossa sociedade.
Sei que o tema é polêmica e envolve facetas que desconheço pois não sou um estudioso do assunto nem profissional da área, entretanto sou um pai, e por isso, sou uma das vitimas deste modelo educacional falho de hoje. Se eu quiser um bom colégio, terei que triar entre milhares, pois não existe um linha guia, cada escola tem a sua. Só que o básico deveria ser igual para todos: RESPEITO, DISCIPLINA, BONDADE, FÉ, BRANDURA, MÉRITO POR ESFORÇO, etc.
Chega de besteiras e de teorias “modernosas”, é hora de promovermos a verdadeira revolução pelo e no ensino. É o momento de resgatarmos bons e velhos valores e construir um futuro verdadeiro para nosso filhos.
Aelson Barros

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